23 de novembro de 2009

Eu, Mãe!

Acabei de ver a Oprah, o tema de hoje era "Motherhood", é incrivel que mesmo havendo um oceano a separar-nos identifico-me tanto com algumas mães que lá apareceram, parece que nós mães falamos uma linguagem universal.
Ser mãe é o desafio mais dificl da minha vida, a estrada mais atribulada, confesso que sinto um desgaste fisico e emocional muito intenso, sou mãe 24 h, pq em 24h o meu pensamento é nelas.
O dia não tem pausas, não consigo respirar muitas vezes, todos exigem mas ninguém entende o sacrificio, o dar-nos por completo a esta familia e não restar um pedaço para nós, por vezes tenho a sensação que apesar do cansaço pelas noites mal dormidas, o acordar cedo, pq às vezes ás 9 da manhã já tenho de ter 2 panelas de sopa prontas, as miudas vestidas e com peq. almoço, a casa aspirada e arrumada tudo antes de ir trabalhar, ainda tenho de chegar a casa à tarde e estar com um sorriso nos lábios, apesar de ter o jantar para fazer, as roupas e mais uma vez a casa, fora o tempo para elas que precisam constantemente de atenção.
Porque a mãe não tem o direito de se passar e mandar uns berros, qd está exausta e a mais velha adora gritar pela casa, ou qd já lhe disse mais de 3/4x para fazer uma coisa e ela insiste em fazer outra, porque a mãe não pode resmungar com o pai, que chega e senta-se no sofá, enquanto os cães têm de comer, o lixo tem de ser despejado, as meninas têm de tomar banho e ele é excelente e faz tudo em casa, mas bolas pá, estar sempre a pedir enerva-me e fico irritada a noite toda.
Antes de ser mãe, ninguém me disse que iria sacrificar a minha natureza em prol desta familia, mas não iria ouvir palavras como " És uma excelente mãe, uma excelente esposa e obrigada por tudo o que fazes por nós" , invés disso ouço palavras como " Já estás mal-disposta!" ou lá no trabalho " trabalhas em part-time", "rico horário" e tb " Ai..eu tb vou ter filhos só para ter esse horário.." tudo pq estou com redução de horário, então pensam que a minha vida é um mar de rosas, mal sonham eles que enquanto eles chegam a casa e encostam a peida no sofá e dormem a noite toda, eu chego, continuo a trabalhar e durmo aos pingos e mesmo assim são raros os dias em que não chego bem disposta ao emprego.
A maternidade é uma descoberta maravilhosa mas também com alguns dissabores...

2 comentários:

SCAS disse...

olha, se não te importas vou «puxar-te» lá para a minha chafarica... tenho pensado muito em ti nestes últimos tempos, porque passaste recentemente por esta experiência de ter 2 em casa e com idades próximas como os meus... é mesmo dose! e sim, ninguém (nos) dá o real valor (salvo raríssimas excepções, normalmente de quem passa/passou pelo mesmo)... Mas fica a esperança de o nosso empenho dar bons frutos e estarmos a criar seres humanos atentos, responsáveis, comprometidos com a vida e o bem dos outros, não é?! Beijinhos, muitos

Marlene, Simão e Martim disse...

Olá,
Entendo-te perfeitamente e só tenho um filhote. E já assim exige muito de mim porque quer a mãe para tudo.
Ninguém nos dá o devido valor e se por alguma razão estamos mais mal dispostas temos de sorrir para disfarçar.
Beijinhos, vou passar a acompanhar-vos.